sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

MATRIMÔNIO COMO ESCOLA INTENSIVA DO AMOR DE DEUS


O matrimônio é uma das melhores escolas do amor de Deus, o lugar onde Ele quer educar muitos de seus alunos.
Assim afirma Dom Cormac Burke, que atualmente ensina antropologia na Universidade Strathmore de Nairobi(Quenia).

-Quais são as «leis da felicidade» e como se encontram e vivem no matrimônio cristão?

-Dom Burke: A primeira coisa que se deve ter em conta é que o matrimônio não pode dar a felicidade perfeita, nem nada parecido aqui na terra. O propósito não é dar aos esposos essa felicidade, mas amadurecê-los para ela.
Em tudo aqui, na terra, Deus está tentando ensinar-nos a amar, o que desfrutaremos plenamente no céu. O matrimônio é uma das mais intensivas escolas de amor, onde Deus quer treinar muitos de seus alunos.
A felicidade exige um esforço. Quando uma pessoa casada em dificuldades se permite pensar: «Conseguirei o divórcio e me casarei com outro homem ou outra mulher, porque serei mais feliz com ele ou com ela», está dizendo na realidade, «minha felicidade depende de que não me seja pedido demais. Serei feliz só se não tenho que fazer muito esforço para amar».
A pessoa que escolhe pensar assim nunca pode ser feliz, porque a felicidade é sobretudo uma conseqüência de dar-se, como dizem os Atos dos Apóstolos (20, 35): «Há mais felicidade em dar que em receber».
A felicidade não é possível nem dentro nem fora do matrimônio para aquela pessoa que está determinada a conseguir mais do que ele ou ela esteja disposto a dar.
No matrimônio, portanto, tem que se aprender a amar. Se a pessoa não aprende, seguirá apegada a seu egoísmo, como o diabo ou a alma no inferno. Contudo, o matrimônio é uma instituição divina que gradualmente os tirará desse egoísmo.
Também se tem que empenhar nesta tarefa, que é inscrever-se de forma definitiva nesta escola de amor. Se só se prepara somente para dar amor com um único intento e abandonar se não parece que funciona, não funcionará, nem nunca se converterá em uma pessoa capaz de amar.

-Como consegue, aprofunda, amadurece e faz permanente no matrimônio a felicidade pessoal de cada um?

-Dom Burke: Sobretudo saindo de nós mesmos. Nunca conseguiremos começar este caminho de felicidade até que sejamos conscientes de que o principal obstáculo somos nós mesmos --nossas preocupações, inquietudes e cálculos centrados em nós mesmos. Paradoxalmente tudo isto é obstáculo para nossa felicidade pessoal.
Para o cristão, este paradoxo não deveria ser difícil de entender, porque vem do ensinamento do coração de Cristo sobre aqueles que salvam suas vidas de modo egoísta e calculador: «Quem quiser salvar sua vida a perderá; e quem a perde por minha causa, a encontrará». A frase «por minha causa» aponta o que é bom, generoso, puro e meritório.
Um dos erros modernos mais comuns é pensar que a felicidade vem do cálculo. Pensamos que nossa felicidade depende de considerar as coisas de maneira inteligente e cuidadosa: «Mais disto, menos disto, far-me-á feliz?»; não é assim. A felicidade pessoal e a felicidade no matrimônio dependem principalmente da generosidade e do sacrifício.

-Como podem os filhos trazer felicidade ao matrimônio e a cada um dos esposos individualmente?

-Dom Burke: Este século veio a separar e opor plenitude matrimonial e filhos. Muitos olham o matrimônio de maneira como os filhos são considerados como uma possível vantagem ou um possível obstáculo ao cumprimento pessoal. Isto é fundamentalmente não confiar no desenho de Deus para o matrimônio.
Quem se casa necessita ponderar que cada filho é um presente totalmente único e irrepetível para a união dos esposos. Também necessitam dar-se conta de que os filhos desafiam a capacidade de amar de cada um dos esposos ainda mais que a vida conjugal em si mesma. Só a pessoa que está preparada para fazer frente aos desafios do amor crescerá no amor.
Quarenta anos colocando ênfase na auto-realização ou no conforto material foram acompanhados de uma ênfase similar em limitar a família.
Os filhos --um ou dois, na maior parte dos casos-- viram-se considerados como «extras opcionais» para um casal, não como o cumprimento natural de suas aspirações matrimoniais. Emprego, status, vida social, ocupações, férias, tranqüilidade e conforto parecem oferecer mais felicidade que os filhos.
Contudo, se julga-se pelo crescente número de lares destruídos, menos filhos não parece que tenha levado a uma maior estabilidade, plenitude ou felicidade matrimoniais. Os casais católicos se viram também profundamente afetados pela mentalidade da planificação familiar, até o ponto que se apresenta uma família «planificada» como a norma na instrução pré-matrimonial. Provavelmente a maioria de nossos jovens se case hoje considerando a planificação natural como uma parte normal do matrimônio; muitos, para os que nunca se projetou, estão experimentando seus efeitos em sua vida matrimonial.

-O que pode ser obstáculo para a felicidade conjugal?

-Dom Burke: O sacramento do matrimônio dá especiais graças a um casal para perseverar na missão de cuidar um do outro e dos filhos que Deus lhes dê. Ser negligentes com o sacramento pode de fato por obstáculo a esta felicidade, porque o sacramento leva sua graça sacramental --uma ajuda específica de Deus que ajuda os casais a viver o compromisso que implica o amor matrimonial.
O matrimônio não é um sacramento ao que se «vai» com freqüência, como ocorre com a sagrada comunhão; é um sacramento que se recebe uma vez. Mas para ser fiel se necessita invocar a graça do sacramento constantemente, como um sacerdote necessita invocar o sacramento de sua ordenação.

-Como contribui a «teologia do corpo» de João Paulo II à felicidade conjugal?

-Dom Burke: O Papa João Paulo II apresenta o corpo como um instrumento de comunhão interpessoal, ensinando que isto é verdade quando se respeita o pleno significado humano do corpo e da relação intercorporal, o que não faz a anticoncepção. Anular deliberadamente a orientação à vida do ato conjugal é destruir seu poder essencial de significar união.
A anticoncepção nega a «linguagem do corpo». Volta o ato conjugal em autodecepção, ou em uma mentira mútua entre os próprios esposos; aquele que verdadeiramente não se está doando, na realidade não está aceitando o outro.

-Que papel desempenha a liberdade no matrimônio?

-Dom Burke: Muitos consideram hoje que se ater em uma eleição irrevogável leva a perder a própria liberdade. Não é assim. Casar-se é confiar em si mesmo em um exercício constante e amoroso da liberdade.
Que classe de amor é o que prefere deixar uma «saída» sempre aberta? A pessoa verdadeiramente enamorada não teme perder sua liberdade, mas perder seu amor. Não é a liberdade para comprometer-se o que se deve temer, senão a liberdade de respaldar o próprio compromisso.
A liberdade que deveria assustar-nos é a liberdade de ser infelizes --que nos acompanha até o fim. Por isso o amante humilde sente a necessidade de orar, «Senhor, faz-me fiel».
E é também pelo que os que se retiram estão tristes, porque não só abandonaram a quem deveriam amar, também se abandonaram a si mesmos. Não há caminho fácil para a felicidade. Aqueles que buscam o divórcio devido às dificuldades que implica o matrimônio estão simplesmente sendo burlados pelo que implica a felicidade. Estão pondo-se no caminho que conduz longe da felicidade.

-Como pode levar os casais à verdadeira felicidade o seguimento dos ensinamentos da Igreja sobre o matrimônio, os filhos e a anticoncepção?

-Dom Burke: Se um casal não observa os ensinamentos da Igreja pode parecer feliz hoje, provavelmente a sua é uma felicidade muito superficial com uma grande parte de egoísmo por conquistar. E há poucas possibilidades de que sejam felizes amanhã.
Em contraste com isto, também há hoje muitos casais que tentam estar incondicionalmente nas mãos de Deus, aceitando tanto que seu matrimônio «durará» como que Deus é o melhor planificador familiar natural. Deus é quem tem mais conhecimento e mais longa experiência, quem melhor conhece a resposta à pergunta: «Quantos filhos podem coroar nosso projeto familiar?».
Quando se olha a questão da felicidade desde um ponto de vista puramente individual e, em última instância, com preocupação por si mesmo, será difícil que se compreenda todo o positivo que há no ensinamento da Igreja. A felicidade de um cristão reside também em ser partícipe nos planos de Deus. O sentido deste privilégio tem que estar na raiz de nossa felicidade.
Os casais casados de hoje necessitam ter mais consciência do maravilhoso testemunho que estão chamados a dar ao mundo que não confia em Deus. O Papa João Paulo II escrevia na «Familiaris Consortio» que «dar testemunho do inestimável valor da indissolubilidade e fidelidade matrimonial é um dos deveres mais preciosos e urgentes dos casais cristãos de nosso tempo».
A indissolubilidade e a procriação são dois grandes valores do matrimônio que são vistos hoje como cargas negativas, quando são as chaves para a verdadeira plenitude e felicidade. Um casal unido e feliz é um testemunho da possibilidade e o valor de um amor inquebrantável, assim como uma família unida e feliz é um testemunho da benção dos filhos.


FONTE: http://www.comshalom.org/formacao/matrimonio/matrimonio_como_escola_intensiva.html

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

DIVÓRCIO E FILHOS: NOVO ESTUDO CONFIRMA A GRAVIDADE DO TRAUMA


Separação enfraquece todas as principais instituições da sociedade

Nos Estados Unidos, mais de um milhão de crianças por ano são vítimas inocentes do divórcio dos pais. O divórcio machuca os pais, mas são as crianças as que mais sofrem, conforme demonstrado por pesquisas recentes.
O estudo Efeitos do Divórcio sobre as Crianças, de Patrick F. Fagan e Aaron Churchill, foi publicado em janeiro pelo Marriage and Religion Research Institute (Instituto de Pesquisas sobre Casamento e Religião).
Baseando-se numa vasta gama de pesquisas já publicadas sobre os efeitos do divórcio, o relatório analisa uma série de áreas em que o dano é evidente para as crianças. A primeira área é a da relação entre pais e filhos. Como esperado, o divórcio tem efeito negativo sobre a capacidade dos pais de interagir com os filhos.
Um estudo descobriu que o estresse causado pelo divórcio prejudica a relação entre mãe e filhos no caso de 40% das mães divorciadas. O dano é mais pronunciado quando as crianças estão na escola e na faculdade.
Em termos práticos, isto significa que, após o divórcio, as crianças recebem menos apoio emocional, assistência financeira e ajuda dos pais. Há também uma diminuição no estímulo acadêmico, na auto-estima, na afetividade e no incentivo à maturidade social. Menos momentos de lazer e mais castigos físicos são outra consequência da separação dos pais para as crianças.
O estudo revela que a maioria (cerca de 90%) das crianças permanece com a mãe depois do divórcio. Isto dificulta que o pai mantenha laços estreitos com os filhos. O estudo mostra que quase a metade das crianças disseram que não tinham visto o próprio pai durante o último ano.
Outro aspecto analisado pelo estudo de Fagan e Churchill é o efeito do divórcio na prática religiosa das crianças. “Depois do divórcio, eles ficam mais propensos a parar de praticar a fé”. O declínio na prática religiosa impede as crianças de conhecerem e internalizarem os efeitos benéficos da educação religiosa: a estabilidade do casamento, a educação, a capacidade de produzir renda, a saúde física e mental.
Uma parte do estudo examinou como o divórcio afeta as atividades educativas. No ensino fundamental, por exemplo, houve um declínio imediato no desempenho escolar. No ensino secundário, filhos de famílias sólidas têm resultados significativamente melhores do que os colegas cujos pais se divorciaram. Aos 13 anos, por exemplo, há uma diferença de meio ano em habilidades de leitura entre os filhos de pais divorciados e os filhos de famílias estáveis.
Outra pesquisa revela que os filhos de casais divorciados são 26% mais propensos a abandonar o ensino médio do que as crianças criadas em famílias estáveis. Mesmo que um pai divorciado volte a casar, este novo casamento não reduz o impacto inicial negativo do divórcio sobre o desempenho escolar das crianças.
O impacto negativo do divórcio se estende à universidade. Uma pesquisa citada por Fagan e Churchill indica que apenas 33% dos estudantes de famílias divorciadas conseguem o diploma, em comparação com 40% dos seus colegas de famílias estáveis.
Dado o impacto que o divórcio tem na educação das crianças, as pessoas que sofrem esse trauma têm renda e patrimônio mais baixos do que a média, além de uma chance maior de enfrentar dificuldades financeiras.
O estudo aponta que o divórcio tem um custo econômico não só para as famílias, mas também para o governo e para a sociedade. As estatísticas mostram que filhos de famílias divorciadas são mais propensos a se envolverem em comportamentos delinquentes, brigas, roubos e abuso de álcool e drogas.
Além disso, “o divórcio perturba a estabilidade psicológica de muitas crianças”, prossegue o texto. O estudo em questão cita um levantamento feito com alunos de sétima e oitava séries, que revelou que o divórcio dos pais foi o terceiro fator mais estressante em uma lista de 125 eventos. Somente a morte de um dos pais ou de um parente próximo é mais estressante do que o divórcio.
Devemos acrescentar que o impacto psicológico não é passageiro. Mesmo adultos, aqueles que sofreram o divórcio quando crianças experimentam um número maior de problemas emocionais e psicológicos do que aqueles que vêm de uma família estável.
Entre as consequências do divórcio conta-se também um número crescente de abuso e negligência de menores. Um estudo realizado no Brasil mostrou que crianças que vivem em famílias com presença de padrastos são 2,7 vezes mais sujeitas a abusos do que as crianças que vivem em famílias estáveis formadas pelos próprios pais.
A parte final do estudo explica que, ao contrário dos pais divorciados, que muitas vezes conseguem encontrar alívio após a separação, o sofrimento das crianças continua durante muito tempo depois do divórcio. Os efeitos negativos podem durar até três décadas.
Para Fagan e Churchill, “o divórcio tem efeitos que prejudicam as crianças e todas as cinco grandes instituições da sociedade: a família, a igreja, a escola, o mercado e o próprio governo”.
Com o alto número de divórcios que se verificam hoje, as consequências debilitantes continuarão se manifestando nos próximos anos. Não é um pensamento reconfortante, considerando a tendência cultural que critica a família natural e procura redefinir o matrimônio.

Pe. John Flynn, LC

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

FOTOS DO MOMENTO DE ORAÇÃO DO TERÇO NA CASA DE MANUEL E SÔNIA - PARTE 01

FOTOS DO MOMENTO DE ORAÇÃO DO TERÇO NA CASA DE MANUEL E SÔNIA - PARTE 02


No dia 10/02/2012 às 20h, estivemos mais uma vez reunidos na casa do casal Manuel e Sônia para oração do terço, onde sentimos fortemente a presença de Jesus e Nossa Senhora intercedendo por nós. Que possamos cada vez mais estarmos impulsionados a buscar a oração em nossa família.
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós! Amém!

Pastoral Familiar
Paróquia Nossa Senhora do Rosário
Aracaju/SE

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

EDUCAR PELO EXEMPLO


Celiane: Filho é uma bênção, dá trabalho, mas vale a pena. Para construirmos um civilização de homens novos, precisamos ter filhos.
Mazinho: Até mesmo aqueles que biologicamente não podem ter filhos devem ter filhos espirituais. O convite é: tenham filhos, mas com responsabilidade, com planejamento familiar. Tenhamos filhos o quanto temos condições, não somente no financeiro, mas condições para educá-los.
Hoje não é fácil ter filhos, mas isso é uma armadilha do inimigo de Deus para que não os tenhamos e adotemos animais.
Hoje nós vamos nos moldando às condições impostas pelo mundo: o carro só cabe três filhos ou então eu tenho que ter um carro muito grande, precisarei ter uma casa enorme, porque cada filho precisa ter um quarto. E vamos nos preocupando com situações que param no financeiro e deixamos de ter os filhos que Deus quer que tenhamos.
Eu e Celiane planejávamos ter de 3 a 5 filhos, tivemos 3 filhas, no quarto [filho] tivemos um aborto espontâneo.
Celiane: Somos uma família normal, com todas as dificuldades, tive erros na educação das meninas, sou muito enérgica, grito muito. Mas sempre no fim do dia eu rezava para que Nossa Senhora consertasse o que eu havia errado com as meninas. E uma dia eu me sentei com as três e pedi perdão a elas.
Professor Felipe diz que os defeitos de nossos filhos são filhos de nossos defeitos. Se o comportamento de nossos filhos não está adequado, precisamos olhar para o nosso [comportamento], pois algo está errado. Os filhos aprendem por imitação.
Mazinho: Os nossos filhos começam nos imitando. Eu agradeço a Deus, pois nós nunca nos maltratamos, nossas filhas não aprenderam isso. Tivemos, sim, dificuldades, mas nunca desistimos. Casamento não vem com cupom de troca, nem de manutenção, a manutenção é a Igreja. No nosso relacionamento sempre nos tratamos com cordialidade, já brigamos sim, mas sempre voltávamos e procurávamos ser carinhosos um com outro. E nossas filhas puderam testemunhar respeito, trabalho, fé. A certeza que trazemos no nosso coração é porque tivemos a graça de Deus de honrar aquilo que prometemos no altar.
Se você fizer lembrança das promessas que fez no altar, você já terá uma receita de como criar os seus filhos. “Prometo ser fiel”, seus filhos saberão o que é fidelidade. “Prometo amar-te”, os filhos cultivarão o amor. “Respeitar-te todos os dias da minha vida”, não é um dia só, são todos os dias.
Se você quer ser um bom pai, seja um bom esposo.
Celiane: O testemunho arrasta, não adianta você querer que seus filhos façam algo se vocês, pais, não dão o exemplo. Nossa vida precisa estar amarrada com as palavras. Se dissemos, no altar, “na alegria e na tristeza”, precisamos mostrar a alegria de estar juntos e isso vai educando nossos filhos.
Um termômetro para sabermos se estamos indo bem como casal é olharmos as atitudes de nossos filhos. E se seus filhos estão tendo atitudes irresponsáveis, é preciso avaliar o que, nas atitudes de vocês, está causando irresponsabilidade nos seus filhos.
Mazinho: É preciso lembrar-se de datas de aniversário de casamento, de namoro, pois ainda comemoramos o aniversário de namoro. Isso é cordialidade, não é “melação”, é exemplo de amor. Gentileza, carinho, afeto, rezar em família, os filhos vão percebendo como um trata o outro, e eles vão reagir e refletir no comportamento deles conosco, com eles mesmos e com as pessoas. Os filhos precisam colher o exemplo dentro de casa.
Nossas filhas não se assustam quando vêem gestos de gentileza. Elas já nos viram também brigando, mas nunca nos viram nos desrespeitando.
Falando de nossos filhos: eles não viram adolescentes num estalar de dedos. Se isso acontece é porque nós não os acompanhamos. Nós construímos dia a dia o adolescente que está na nossa casa.
Celiane: O que temos de escrever na personalidade de nossos filhos deve ser feito até aos 7 anos deles. Dos 7 aos 14 reforçamos aquilo que ensinamos até os 7  anos deles. “Seja gentil, pediu emprestado, devolva”. Com 15 anos sentamos e colhemos aquilo que plantamos.
Mazinho: Precisamos ensinar nossos filhos, mesmo pequenos a serem de Deus, a amarem a Igreja, e quando são pequenos, diante de um sacrário, dizer: “Olha, é Jesus, mande beijinhos para Ele”. E quando a adolescência chegar se nossos filhos se rebelarem e não quiserem viver aquilo que ensinamos, quando recobrarem o juízo, os valores serão aqueles plantados na infância. Se eles estão revoltados, reze. Pois, muitas vezes, na rebeldia, se olharmos a história do filho, o que está por trás é a ausência dos pais. Os pais não souberam ser presença na vida de seus filhos.
É preciso ver no comportamento dos nossos filhos, e saber que é possível mudar isso, porque muito mais interessado em nossa família do que nós mesmos está Deus.
Celiane: Se os filhos não obedecem, olhem a linguagem de vocês, pais, na educação, vejam se as ordens estão iguais, se um diz: “vai fazer tarefa”, e outro diz: “pode brincar”. Pois, se isso acontecer, eles vão achar que acabou o senso de autoridade dentro de casa.
Mazinho: Se deixamos, os filhos pequenos nos controlam. E se um [casal] põe de castigo e outro o tira, eles entendem que podem fazer o que quiserem, pois na sua casa não existe autoridade. Vocês precisam entrar em acordo na educação dos filhos.
Celiane: Nós não podemos ter medo de dizer “não” para os nossos filhos em qualquer idade. Sempre os pais precisam estar de acordo, repito. Precisamos colocar limites para os nossos filhos.
Mazinho: Nossos filhos precisam aprender conosco que há coisas que não podemos ter e que nem por isso somos frustrados e que, apesar disso, podemos ser felizes. Nossos filhos sempre querem alguma coisa, principalmente quando são pequenos e se os pais fazem de tudo para satisfazer os desejos dos filhos, eles acharão que sempre terão tudo.
É preciso se entregar para a sua família, dê seu tempo, a qualidade de seu tempo, pois coisas materiais seus filhos poderão comprar futuramente, mas afeto eles nunca poderão comprar.
É preciso ter coragem de se sentar e conversar com seu filho adolescente e dizer das durezas da vida.
Celiane: E diante das situações, é preciso perguntar aos filhos: “Isso que você fez está certo ou errado?” Eles têm consciência do que estão fazendo. Você precisa conversar e explicar tudo, mas principalmente obtenha as respostas do seu filho e depois converse sobre essas repostas.
Liberdade se conquista com responsabilidade, nós devemos dar a liberdade de acordo com a responsabilidade que eles estão mostrando. Precisamos puxá-los para a responsabilidade, toda ação gera uma consequência. Devemos chamá-los para a responsabilidade: se eles erraram eles precisam assumir seus erros.
Mazinho: Todo ato tem consequência, e se eles não descobrem isso em casa, eles vão descobrir talvez na cadeia. Agora se você acoberta os erros dos seus filhos, eles sempre vão achar que na vida ninguém nunca descobrirá seus erros.
Amar também é dizer “não”. O amor combate o mal e esse amor é Jesus. O Senhor quer restaurar a minha e a sua família. Seja qual situação for que estiver passando com seu filho, reze pedindo a Deus a graça e dê exemplos dentro de casa.
Pai erra e o filho vê que o pai erra, se você disfarça, ele aprende isso, mas se você erra e perde perdão, é isso que ele aprende.

Mazinho e Celiane
Membros da Comunidade Canção Nova há 10 anos.
Acampamento para Famílias - 06 à 08 de Janeiro na Canção Nova, em Cachoeira Paulista/SP
Fonte: http://blog.cancaonova.com/minhafamilia/2012/01/educar-pelo-exemplo/

ORAÇÃO DO TERÇO - AVISO


Caros membros da Pastoral Familiar da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, conforme  acertado na reunião do dia 06/02/2012, a próxima casa que nos reuniremos para a Oração do Terço será a do casal Manuel e Sônia (rua São Cristóvão, vizinho ao colégio Gênesis) no dia 10/02/2012 (sexta-feira) às 19h30min.


Atenciosamente,

Maria de Fátima e Antonio Francisco - Casal Coordenador
Maria e René - Casal Vice-Coordenador e
Daisy e Nailton - Casal Secretário