Celiane: Filho é uma bênção, dá trabalho, mas vale a pena. Para construirmos um civilização de homens novos, precisamos ter filhos.
Mazinho: Até mesmo aqueles que biologicamente não podem ter filhos devem ter filhos espirituais. O convite é: tenham filhos, mas com responsabilidade, com planejamento familiar. Tenhamos filhos o quanto temos condições, não somente no financeiro, mas condições para educá-los.
Hoje não é fácil ter filhos, mas isso é uma armadilha do inimigo de Deus para que não os tenhamos e adotemos animais.
Hoje nós vamos nos moldando às condições impostas pelo mundo: o carro só cabe três filhos ou então eu tenho que ter um carro muito grande, precisarei ter uma casa enorme, porque cada filho precisa ter um quarto. E vamos nos preocupando com situações que param no financeiro e deixamos de ter os filhos que Deus quer que tenhamos.
Eu e Celiane planejávamos ter de 3 a 5 filhos, tivemos 3 filhas, no quarto [filho] tivemos um aborto espontâneo.
Celiane: Somos uma família normal, com todas as dificuldades, tive erros na educação das meninas, sou muito enérgica, grito muito. Mas sempre no fim do dia eu rezava para que Nossa Senhora consertasse o que eu havia errado com as meninas. E uma dia eu me sentei com as três e pedi perdão a elas.
Professor Felipe diz que os defeitos de nossos filhos são filhos de nossos defeitos. Se o comportamento de nossos filhos não está adequado, precisamos olhar para o nosso [comportamento], pois algo está errado. Os filhos aprendem por imitação.
Mazinho: Os nossos filhos começam nos imitando. Eu agradeço a Deus, pois nós nunca nos maltratamos, nossas filhas não aprenderam isso. Tivemos, sim, dificuldades, mas nunca desistimos. Casamento não vem com cupom de troca, nem de manutenção, a manutenção é a Igreja. No nosso relacionamento sempre nos tratamos com cordialidade, já brigamos sim, mas sempre voltávamos e procurávamos ser carinhosos um com outro. E nossas filhas puderam testemunhar respeito, trabalho, fé. A certeza que trazemos no nosso coração é porque tivemos a graça de Deus de honrar aquilo que prometemos no altar.
Se você fizer lembrança das promessas que fez no altar, você já terá uma receita de como criar os seus filhos. “Prometo ser fiel”, seus filhos saberão o que é fidelidade. “Prometo amar-te”, os filhos cultivarão o amor. “Respeitar-te todos os dias da minha vida”, não é um dia só, são todos os dias.
Se você quer ser um bom pai, seja um bom esposo.
Celiane: O testemunho arrasta, não adianta você querer que seus filhos façam algo se vocês, pais, não dão o exemplo. Nossa vida precisa estar amarrada com as palavras. Se dissemos, no altar, “na alegria e na tristeza”, precisamos mostrar a alegria de estar juntos e isso vai educando nossos filhos.
Um termômetro para sabermos se estamos indo bem como casal é olharmos as atitudes de nossos filhos. E se seus filhos estão tendo atitudes irresponsáveis, é preciso avaliar o que, nas atitudes de vocês, está causando irresponsabilidade nos seus filhos.
Mazinho: É preciso lembrar-se de datas de aniversário de casamento, de namoro, pois ainda comemoramos o aniversário de namoro. Isso é cordialidade, não é “melação”, é exemplo de amor. Gentileza, carinho, afeto, rezar em família, os filhos vão percebendo como um trata o outro, e eles vão reagir e refletir no comportamento deles conosco, com eles mesmos e com as pessoas. Os filhos precisam colher o exemplo dentro de casa.
Nossas filhas não se assustam quando vêem gestos de gentileza. Elas já nos viram também brigando, mas nunca nos viram nos desrespeitando.
Falando de nossos filhos: eles não viram adolescentes num estalar de dedos. Se isso acontece é porque nós não os acompanhamos. Nós construímos dia a dia o adolescente que está na nossa casa.
Celiane: O que temos de escrever na personalidade de nossos filhos deve ser feito até aos 7 anos deles. Dos 7 aos 14 reforçamos aquilo que ensinamos até os 7 anos deles. “Seja gentil, pediu emprestado, devolva”. Com 15 anos sentamos e colhemos aquilo que plantamos.
Mazinho: Precisamos ensinar nossos filhos, mesmo pequenos a serem de Deus, a amarem a Igreja, e quando são pequenos, diante de um sacrário, dizer: “Olha, é Jesus, mande beijinhos para Ele”. E quando a adolescência chegar se nossos filhos se rebelarem e não quiserem viver aquilo que ensinamos, quando recobrarem o juízo, os valores serão aqueles plantados na infância. Se eles estão revoltados, reze. Pois, muitas vezes, na rebeldia, se olharmos a história do filho, o que está por trás é a ausência dos pais. Os pais não souberam ser presença na vida de seus filhos.
É preciso ver no comportamento dos nossos filhos, e saber que é possível mudar isso, porque muito mais interessado em nossa família do que nós mesmos está Deus.
Celiane: Se os filhos não obedecem, olhem a linguagem de vocês, pais, na educação, vejam se as ordens estão iguais, se um diz: “vai fazer tarefa”, e outro diz: “pode brincar”. Pois, se isso acontecer, eles vão achar que acabou o senso de autoridade dentro de casa.
Mazinho: Se deixamos, os filhos pequenos nos controlam. E se um [casal] põe de castigo e outro o tira, eles entendem que podem fazer o que quiserem, pois na sua casa não existe autoridade. Vocês precisam entrar em acordo na educação dos filhos.
Celiane: Nós não podemos ter medo de dizer “não” para os nossos filhos em qualquer idade. Sempre os pais precisam estar de acordo, repito. Precisamos colocar limites para os nossos filhos.
Mazinho: Nossos filhos precisam aprender conosco que há coisas que não podemos ter e que nem por isso somos frustrados e que, apesar disso, podemos ser felizes. Nossos filhos sempre querem alguma coisa, principalmente quando são pequenos e se os pais fazem de tudo para satisfazer os desejos dos filhos, eles acharão que sempre terão tudo.
É preciso se entregar para a sua família, dê seu tempo, a qualidade de seu tempo, pois coisas materiais seus filhos poderão comprar futuramente, mas afeto eles nunca poderão comprar.
É preciso ter coragem de se sentar e conversar com seu filho adolescente e dizer das durezas da vida.
Celiane: E diante das situações, é preciso perguntar aos filhos: “Isso que você fez está certo ou errado?” Eles têm consciência do que estão fazendo. Você precisa conversar e explicar tudo, mas principalmente obtenha as respostas do seu filho e depois converse sobre essas repostas.
Liberdade se conquista com responsabilidade, nós devemos dar a liberdade de acordo com a responsabilidade que eles estão mostrando. Precisamos puxá-los para a responsabilidade, toda ação gera uma consequência. Devemos chamá-los para a responsabilidade: se eles erraram eles precisam assumir seus erros.
Mazinho: Todo ato tem consequência, e se eles não descobrem isso em casa, eles vão descobrir talvez na cadeia. Agora se você acoberta os erros dos seus filhos, eles sempre vão achar que na vida ninguém nunca descobrirá seus erros.
Amar também é dizer “não”. O amor combate o mal e esse amor é Jesus. O Senhor quer restaurar a minha e a sua família. Seja qual situação for que estiver passando com seu filho, reze pedindo a Deus a graça e dê exemplos dentro de casa.
Pai erra e o filho vê que o pai erra, se você disfarça, ele aprende isso, mas se você erra e perde perdão, é isso que ele aprende.
Mazinho e Celiane
Membros da Comunidade Canção Nova há 10 anos.
Acampamento para Famílias - 06 à 08 de Janeiro na Canção Nova, em Cachoeira Paulista/SP
Fonte: http://blog.cancaonova.com/minhafamilia/2012/01/educar-pelo-exemplo/
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